Importância da logística certa na exportação do agronegócio
Você investe ou está interessado na exportação do agronegócio?
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo, servindo mais de 200 países.
No último ano, a exportação do agronegócio movimentou U$$ 102,4 bilhões, superando o recorde anterior registrado em 2018, de U$$ 101,2 bilhões. Por outro lado, os produtores brasileiros enfrentaram alta de mais de 100% nos custos com fertilizantes para soja e milho.
Continue a leitura e confira as principais oportunidades do setor.
Principais produtos exportados pelo agronegócio brasileiro
A exportação do agronegócio produz, atualmente, mais de 1 milhão de toneladas por ano. Os principais produtos exportados são frutas (como açaí, abacaxi, maçã etc), proteína animal, grãos, raízes, carnes e algodão.
O principal produto da exportação do agronegócio em 2021 foi a soja em grãos, com 86,628 milhões de toneladas exportadas, aumento de 5,2% em relação a 2020.
A carne bovina in natura vem em seguida, com receita de US$ 1,1 bilhão em setembro/2021, elevação de 85,7% frente a setembro de 2020.
Açúcar de cana em bruto, carne de frango in natura e farelo de soja completam o ranking dos cinco produtos mais exportados em setembro.
Em relação aos mercados, 68,2% das exportações brasileiras do agronegócio foram destinadas a dez países em setembro. O principal destino foi a China, com participação de 32,4% do total dos embarques.
A União Europeia, segundo principal comprador, respondeu por 15%, seguida por Estados Unidos (7%). Completam a lista dos principais destinos: Japão (2,9%); Coreia do Sul (2,0%); Emirados Árabes Unidos (1,9%); Irã (1,9%); Vietnã (1,8%); Tailândia (1,7%) e Hong Kong (1,6%).
Quais os benefícios da exportação do agronegócio?
A exportação do agronegócio é considerada essencial para a economia e as projeções têm sido mais animadoras do que para outros setores. Afinal, o agronegócio se tornou um dos pilares da economia brasileira.
Para quem investe nas exportações, os benefícios são vários, dentre eles:
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Atuação em novos mercados;
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Aumento e diversificação da carteira de clientes;
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Alternativas em tempos de crise;
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Adequação a procedimentos e exigências de outros países, com ganhos no mercado interno.
Contudo, há de se ter em conta que uma parcela muito alta das exportações totais do agronegócio brasileiro é composta apenas de conteúdo doméstico. Isso ocorre porque o Brasil concentra suas exportações na produção primária, enviando ao exterior matérias-primas, como grãos, ou produtos pouco elaborados, como carnes, de alto conteúdo doméstico.
Desta forma, quem pensa em investir na exportação do agronegócio e se preocupar em diversificar, especializar e agregar valor à produção agropecuária nacional, estará na vanguarda.
Estudos indicam perspectivas de redução da demanda por produtos agropecuários pouco elaborados e de baixa elasticidade de renda, em particular pós-2030. Assim, surgirá a necessidade de novos produtos e novos processos, e grandes riscos para os exportadores excessivamente centrados na produção primária ou em produtos pouco elaborados.
A importância da logística certa exportação do agronegócio
Por lidarem com produtos que possuem o preço dado pelo mercado e que o ganho ocorre com a larga escala de comercialização, é preciso que as empresas de agronegócio contem com serviços especializados para a exportação.
Assim, contarão com suporte para as atividades de armazenamento, processamento e distribuição das commodities agrícolas. Não há como o próprio produtor suportar todos os riscos e providências para para a identificação de mercados externos.
Requisitos para a exportação de alimentos
Para exportação de alimentos, a empresa deve primeiramente ser habilitada pela Receita Federal, preenchendo certos requisitos, além de cumprir regras e normas.
A logística também é essencial, para garantir a qualidade e segurança dos produtos produzidos nacionalmente.
Principais documentos para exportação de alimentos
Confira a documentação necessária para esse tipo de operação:
Fatura Pró-Forma
Procedimento necessário para que o importador possa abrir uma carta de crédito para remessa de valores. O documento deve ser apresentado pelo exportador ao importador no idioma do país de origem, com as informações sobre a mercadoria, como quantidade, preço, transporte, embalagem, forma de pagamento e condições de venda.
Nota Fiscal
Precisa acompanhar a carga, desde a saída do seu estabelecimento até a chegada no local de embarque para o exterior.
Fatura Comercial – Commercial Invoice
Representa a operação comercial, em que precisam constar todas as informações iniciais que foram declaradas na fatura Pró-Forma, além de outras que confirmem a realização da exportação.
Certificado de Embarque
Contrato de transporte e o comprovante de entrega da mercadoria, emitido pela companhia ou agente como prova do embarque.
Romaneio
Packing List, precisa ser preenchido pelo exportador. Nele é listado os volumes e descrito seus conteúdos.
Certificado de Origem
Prova que o produto é, de fato, originário do país exportador.
Brasil é o país que mais exporta alimentos industrializados com alta segurança
O Brasil cumpre a legislação sanitária internacional e exporta alimentos industrializados com segurança para 190 países. A legislação brasileira para exportação exige a Certidão de Exportação de Alimentos – documentação para autorizar a entrada de produtos importados no país de destino.
Outra exigência é o cadastramento no Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR) – obrigatório para todas as empresas que realizam atividades de importação ou de exportação. Os documentos de embarque de remessa e notas fiscais também devem ser providenciados.
Embalagens de produtos processados
Além da documentação, também é preciso ter cuidados com as embalagens para exportação. Alguns países não recebem produtos armazenados em embalagens não-ecológicas.
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